Coisas que ninguém te conta sobre narrar

Narrar pode ser difícil. Mas não precisa ser solitário.
Quem nunca narrou uma sessão acha que o mestre é quem sabe tudo. A pessoa que cria mundos, vozes, regras, cenas épicas e ainda consegue manter tudo sob controle.
Quem já narrou uma sessão... sabe que não é bem assim.
Narrar é incrível. Mas também é desafiador. Às vezes, cansativo. Em certos momentos, solitário. E ninguém te avisa isso antes de você sentar na cadeira de mestre.

Você não precisa ter todas as respostas

É normal achar que o mestre tem que saber tudo. Mas não tem. Às vezes, você vai esquecer o nome de um NPC. Vai tropeçar na lógica de uma cena. Vai inventar uma regra que depois vai querer mudar.
Tudo bem. O RPGG é leve por um motivo. Ele te dá espaço pra improvisar. Ele não exige perfeição. Ele pede criatividade e vontade de contar uma boa história.

Você não precisa preparar tudo

Tem quem pense que um bom mestre é aquele que chega com 30 páginas de anotações e cada detalhe planejado. Mas, na prática, o que segura a sessão não é o planejamento. É a conexão com o grupo.
Narrar é reagir. Observar. Ouvir. E aí sim, conduzir.
Ter um mapa ajuda. Ter uma ideia geral também. Mas a melhor parte da história vai nascer da mesa, não do caderno.

Você pode pedir ajuda

Você não está sozinho. O grupo está ali com você. Eles também querem que a história funcione. Se travar, pergunta. Se esquecer, compartilha a dúvida. Se uma cena não engatar, joga pra mesa.
“Vocês acham que isso faz sentido?”
“Alguém tem uma ideia melhor pra isso aqui?”
“Querem seguir por esse caminho ou mudar de rumo?”
Ser mestre não é ser chefe. É ser narrador. E toda boa história é feita com mais de uma voz.
Narrar pode ser difícil. Mas quando o grupo joga junto, quando todo mundo entende que o mestre também é um jogador, tudo fica mais leve.
Você não precisa acertar tudo. Só precisa estar ali, disposto a viver a história com os outros.
E se um dia a sessão não for incrível... tudo bem. Tem outra na semana que vem.